quarta-feira, 25 de junho de 2008

Indústria dos games tenta se adaptar a jogadores com necessidades especiais.

Deficientes visuais, auditivos e físicos já encontram jogos e controles específicos.Para especialistas, ainda falta empenho dos produtores para facilitar o acesso aos games.“Os games são uma parte importante da vida hoje e não podem continuar inacessíveis a pessoas que tenham algum tipo de deficiência.” Foi assim que a pesquisadora Michelle Hinn, da Universidade de Illinois, alertou os executivos da Game Developers Conference (GDC), em fevereiro de 2008, para um assunto ainda ignorado pela indústria dos videogames: existem pessoas com deficiências, e elas não conseguem jogar a maioria dos títulos que estão no mercado.

Segundo dados apresentados por Hinn, cerca de 10% a 20% da população é impossibilitada de jogar hoje devido a alguma deficiência (auditiva ou visual, por exemplo) e à falta de cooperação dos produtores. O que ela e outras comunidades pela internet pedem não são jogos “chatos” e nem mudanças radicais na indústria. “Não se trata nem de produzir coisas especiais para pessoas com deficiência, mas de levar em consideração alguns aspectos que muitas vezes não vão nem elevar o custo de produção”, diz Ron Beenen, do projeto holandês Game Accessibility (http://www.game-accessibility.com), que formou mais uma comunidade on-line voltada aos jogadores com necessidades especiais.

Ron diz que existem diversas pessoas envolvidas no projeto, mas que o crescimento aconteceu mesmo na internet, com a comunicação entre usuários. No site oficial o jogador pode trocar informações e também conferir a lista de sugestões de jogos para cada tipo de deficiência: visual, auditiva, física e de aprendizado.

Qual é a cor?

Uma das deficiências que mais incomodam os jogadores é o daltonismo. A incapacidade de diferenciar cores é um obstáculo cruel nos jogos casuais ao estilo “Tetris”, em que é necessário estabelecer certas combinações de peças coloridas para atingir objetivos. Um jogador que não consegue distinguir o verde do vermelho, por exemplo, terá dificuldades quando essas duas cores aparecerem no jogo.

A produtora Pop Cap Games, porém, desenvolveu um mecanismo para que o daltônico possa jogar normalmente. Em jogos como “Bejeweled” e “Peggle”, em que as cores assumem papel fundamental, existe a opção “colorblind mode”, que pode ser acionada para adaptar as cores das peças de forma a evitar os erros de identificação que comumente afetam os daltônicos. A maioria dos jogos de ação, porém, ainda não está adaptada.

Jogos de guerra em campo aberto, como “Battlefield 2142”, que identifica exércitos inimigos por setas coloridas, muitas vezes utilizam cores que podem ser confundidas por daltônicos – principalmente quando a batalha envolve raciocínio rápido e ação frenética.

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