Já foi o tempo em que os grandes estúdios utilizavam somente pôsteres e trailers para divulgarem uma produção em andamento.
Os sites oficiais dos filmes tornaram-se o mais poderoso teaser de Hollywood, por reunir estas e outras linguagens audiovisuais capazes de aguçar a curiosidade do público e ampliar sua experiência em relação à história contada na telona. Na web, os 90 minutos de projeção ganham tempo e espaço personalizados. Um bom exemplo está no site do longa Kung Fu Panda (http://www.kungfupanda.com/). O filme só estreou nos Estados Unidos em junho, mas na web o público já acessava detalhes do enredo, dos personagens e dos cenários desde o início do ano.
Quem acessar o site vai se deslumbrar com as belíssimas ilustrações e se divertir com alguns trailers já disponibilizados. E o melhor de tudo, principalmente para as crianças, é que, para ver as seções, o usuário deve literalmente explorar cada canto da tela, num tipo de navegação que estimula a intuição e leva às últimas conseqüências a expressão “navegar pela internet”.
É mais um exemplo, aplicado ao cinema, da tão falada INTERATIVIDADE, durante nosso curso de Tópicos Especiais.
Vale destacar que um ramo diretamente ligado à interatividade na web, mas ainda pouco mencionado em nossas aulas, é o Webdesign, já que a área é responsável pelo desenvolvimento e pelo layout dos sites. Sobre o tema, apresento uma entrevista de Evans Gibran, designer da agência digital americana Division13, ao site Newwws.
Que tecnologias foram usadas para criar a movimentação dos personagens e os efeitos em 3D? Quais foram os principais desafios na criação do site?
A equipe de computação gráfica da Dreamworks Animation adaptou um software próprio, criado com tecnologia totalmente 3D, e nos forneceu num formato flexível, de forma que pudéssemos integrá-lo ao site segundo nossos critérios. Um dos principais desafios foi manipular a exploração panorâmica em seu formato paralático (sensação de deslocamento horizontal ;-), usando várias cenas do filme e criando uma transição sem emendas de todas as locações, de um lado a outro. Além disso, precisávamos criar design e arte únicos para identificar cada um dos personagens principais do filme, mas usando temas gerais para acompanhá-los. Arquitetar e programar sempre são desafios. Neste caso, definir as áreas de exploração e a localização dos personagens e ainda informar as questões gerais de marketing tornaram-se grandes desafios na criação de um ambiente amigável (grifo meu) que guardasse todas as informações e as deixasse acessíveis a qualquer momento (gm).
O filme está longe de ser lançado, mas o site já tem muitas atrações e outras virão. Como você define a importância da internet na estratégia global de divulgação?
O site dá ao público a chance de se familiarizar com os personagens e a história. As pessoas costumam ver muitos trailers antes da estréia do filme, e com isso ficam ansiosas em relação ao lançamento. O site permite que o público em potencial do filme encontre mais, e assim fique mais envolvido nos detalhes antes de vê-lo.
Na sua opinião, como a navegação horizontal e os efeitos 3D, cada vez mais utilizados nos sites, ampliam a experiência on-line do usuário? Como o público tem reagido a essa tendência?
Os filmes representam um padrão de modernidade, em que algo novo sempre ocupa o lugar do velho. Os sites com visão paraláxica tentam imitar o impacto widescreen do cinema, que é o objetivo da maioria deles. Então, no momento, eles são muito populares, e o público parece gostar. Esse tipo de navegação, definitivamente, é o fim da troca rápida de páginas.
Pois bem, será que esses deslocamentos, essa maior proximidade com uma "navegação 3D" e o promissor fim da troca de páginas em websites são o pontapé inicial da Web 3.0?
Vamos ver no que isso vai dar.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Design publicitário invade o espaço do cinema. Na web.
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