
Programas utilizam elementos do famoso game para criar fases exóticas.
Na modalidade 'autoplay', herói enfrenta os inimigos sem a ajuda do jogador.
Um dos jogos mais populares do mundo é também fonte de inspiração para a comunidade de jogadores e programadores na internet.
"Super Mario world", lançado em 1990 para o SNES durante a clássica era dos 16 bits, ainda sobrevive graças a ferramentas de programação que permitem usar os cascos de tartaruga, as moedas de ouro e o canos verdes para criar algo diferente.
O resultado, como mostram vídeos no YouTube e discussões entre especialistas em fóruns de discussão, é surpreendente. "É como brincar de Lego", resume o canadense de 16 anos identificado por Dagx. "Você já tem um objeto grande e bem produzido que é composto de centenas de pequenos pedaços. O que você faz é pegar todas essas peças, acrescentar algumas outras e criar algo com a sua cara", explica ele, que desde os 13 cria suas próprias fases de "Super Mario".
No YouTube Dagx tem uma pequena coleção das fases que criou. Em "Pandemonium fortress: sombre", que ele considera um dos mais difíceis de jogar, Mario enfrenta inimigos em um castelo às escuras, contando com a ajuda ocasional de um globo de luz.
Profissão de fé
O G1 entrevistou membros da comunidade de programadores "SMW Central", dedicada à modificação das variadas versões de "Super Mario". Eles são programadores, geralmente com conhecimentos avançados (hackers), que utilizam diversos programas gratuitos disponíveis na internet para reconstruir o jogo e criar suas próprias fases.
Na comunidade eles trocam informações sobre a atividade e compartilham o conteúdo criado entre eles. Um sistema de avaliação e comentários serve para criar um ranking com as produções mais populares.
"Comecei a desenhar fases no papel cerca de 10 anos atrás, quando joguei 'Super Mario world' pela primeira vez", conta o hacker S.N.N. Ele diz que uma boa modificação de "Super Mario" pode levar de 9 meses até alguns anos para ficar pronta. E, para fazer sucesso na internet, a invenção deve ter "algo único".
"Algo que se destaque entre as fases que já foram criadas. O design é a principal prioridade, é a primeira coisa que as pessoas analisam. Mesmo se a fase tiver um belo visual, as pessoas não vão gostar se não perceberem o esforço daquilo para ser especial", explica. Winston, norte-americano de 14 anos, diz que a atividade é divertida e desafiadora ao mesmo tempo. "A maior parte das pessoas é chamada de 'noob' (gíria que designa novato em alguma área na internet) quando começa a hackear os jogos. No começo é impressionante. Quando você começa, não quer mais parar", diz.
Leia a matéria no G1.
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