domingo, 18 de maio de 2008

A web é chata?

Saiu essa semana uma matéria no portal Comunique-se sobre os desafios do jornalismo na web. O texto não é bem sobre novas tecnologias do jornalismo online. É mais uma discussão sobre como tornar o jornalismo na rede mais atraente para o leitor/internauta. Como reflexão, pode dar pano pra manga.

Não sei se todos tiveram a oportunidade de ler, por isso o link para a matéria segue logo abaixo:

‘O desafio na web é criar impacto’, diz editor-chefe do portal do Estadão

É interessante observar a afirmação do editor-chefe do portal Estadão Marco Chiaretti sobre o 'silêncio' na web. Na verdade, o que ele quer dizer é justamento o contrário, acredito eu. Na web, quem manda mesmo é o internauta. Ele sim deve fazer muito barulho. Já os jornalistas devem estar aptos a ouvir o que essa massa disforme e heterogênea chamada 'público' tem a dizer.

Entretanto, segundo Chiaretti, podemos observar que a interatividade é a chave do negócio. Com uma afirmação profética, ele diz que para os veículos sobreviverem eles devem explorar cada vez mais as possibilidades dessa ferramenta para criar laços entre o veículo e seu público, que muitas vezes é limitado a fazer comentários sobre as notícias como isso fosse o auge da interatividade no jornalismo online.

Mas para estebelecer esse link permanente com o público, Chiaretti afirma que o jornalismo deve causar impacto. Segundo ele, a web ainda não superou a televisão, por exemplo, no sentido de ser mais atraente.

E então, amigos, podemos extrair dessa pequena entrevista alguns questionamentos: será que o jornalismo perde sua característica básica, de fornecedor de informações, com a participação do público em tal função? Como atingir um equilíbrio nas relações entre emissor e receptor, que agora se misturam? Seria o impacto citado uma forma de sensacionalizar a web?

Mas fica aqui a grande polêmica: a web é mesmo chata?

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